FR inverno 2010 quarto dia: Juliana Jabour

Segunda-feira, 11.01
17h30 - Acquastudio
18h30 - Claudia Simões
19h30 - Maria Bonita Extra
20h30 - Juliana Jabour
21h30 - TNG

Fashion Rio inverno 2010 quarto dia: Juliana Jabour 

A grife de Juliana Jabour existe desde 2004, após participar da equipe de estilo de grandes marcas, começou a ganhar repercussão na Casa De Criadores (que é um evento mais alternativo porém não menos importante na moda nacional, já que é uma incubadora de novos talentos).

Para as minhas amigas que odeiam viscolycra, fiquem sabendo que Juliana já foi reconhecida como a rainha da  visco (considerada muitas vezes POBRE). Porém a grife caiu no gosto das celebridades e a estilista começou a distribuir suas criações por todo o Brasil (em mais de 180 pontos de venda) e é representada em showrooms internacionais (ela é um sucesso no Japão). Recentemente Juliana ganhou o premio Moda Brasil 2009 como estilista revelação, ela participa do Fashion Rio desde 2006.

 
O desfile

O inverno 2010 de Juliana Jabour busca referência na cultura e nas mudanças históricas pós-queda do muro de Berlim para sugerir uma mulher versátil que flerta com o guarda roupa masculino em busca de uma imagem urbana. Da indumentária militar surge a inspiração para as formas estruturadas e para as peças em alfaiataria. Os curtos e as proporções slim fit aparecem em contraponto à silhueta oversize dos looks com proposta street. O trabalho da estilista com tricot ganha destaque por meio de maxi–pulls, cardigans e cachecóis bordados com canutilhos, aplicações de couro, pérolas e píton. A cartela de cores mistura tons mais sóbrios como o funghi, militar e preto e tons contrastantes como verde malva, cereja e deep blue.

Direção de criação: Juliana Jabour
Assistentes de estilo: Helen Salles, Helena Wen, Karin Feller e Milena Mingone
Styling: Daniel Ueda
Direção de desfile: Zee Nunes
Beleza: Daniel Hernandez
Trilha: Max Blum

Opinião

Com um desfile super aplaudido e inspiração de Juliana Jabour  em Berlim (pós queda do muro) rendeu em uma coleção moderna e contemporânea (é difícil falar de contemporâneo) que realmente remete ao que a cidade é atualmente.

A coleção possui uma grande variedade (de peças, texturas, cores, materiais) e a apresentação teve um trabalho de styling muito bem feito. Tudo foi bem amarrado sem obviedades (algo tão comum, quando os estilistas se apropriam de um tema para exporem suas coleções). O militarismo realmente apareceu na alfaiataria, e o flerte com o guarda roupa masculino foi bem dosado.

A silhueta  oversize  criada para as consumidoras da grife é elegante e transmite conforto, o desfile é tão redondinho que em alguns momentos as tendências (tão exploradas e repetitivas) aparecem com mais naturalidade.

Adorei

Os cintos por cima dos casacos, as unkle boots, e as sandalhas, as blusas com laço na frente super Elsa Schiaparelli (estilsita surrealista homenageada recentemente pela Dolce & Gabanna), as leggings de latex, o  lurex (novamente), as aplicações de tachas de metal e spikes, as luvas, o vestido e a saia dourada (acho que são de lamê eim), blazer comprido em cima de vestido com volume no quadril, a mistura bem feita com bege e preto (que nem sempre dá um bom resultado), a mistura de elementos em vestidos e blusões (com listras, paetês e transparência, ou até mesmo paetê com tricô ou tricô com canutilhos), o uso do moletom, o uso de bolsas pequenas (delicadas e fimininas) em looks tão invernais.

Tendencias: militarismo, golas mais altas, zíperes, mangas de todos o tipos, ombros volumosos, cinturas marcadas, quadris volumosos, tachas de metal, bolsinhas pequena com alça de corrente, shorts de alfaiataria, babados, brilho, o dourado e o prateado, vestidos curtos com calçados pesados, nude, lurex.