quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Rio-à-Porter contará com a participação cinco grifes do PR


Por Agencia Sebrae

CURITIBA - Cinco grifes representam o pólo da moda do Paraná na primeira edição do Rio-à-Porter, salão de negócios de moda e design integrado ao Fashion Rio, que será realizado de 10 a 13 de janeiro de 2010, no Cais do Porto, Rio de Janeiro. Beluska e Lafort, de Curitiba, Perfect Way, de Maringá, Richini, de Cianorte, e Chita Brasil, de Mandaguari, vão expor no Espaço Moda Paraná o melhor da moda produzida no Estado.

As cinco empresas participantes têm história com o Sebrae/PR, apoiador do Rio-à-Porter. Já participaram de programas de competitividade, palestras, missões técnicas, consultorias e de eventos como o Paraná Business Collection, um misto de moda e de negócios realizado anualmente em Curitiba desde 2007, numa realização do Sebrae/PR e Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

A Perfect Way começou como um pequeno ateliê. Hoje, a empresa com sede em Maringá, região noroeste do Paraná, emprega 80 funcionários, entre a fábrica e loja, produzindo moda feminina, estilo casual. "Minha mãe decidiu ampliar a produção do ateliê, onde eu criava as peças e ela costurava. Em 2003, fundamos a empresa", lembra Cristiane Medeiros, sócia-proprietária da Perfect Way.

Ciente da importância de buscar conhecimento na área, Cristiane ingressou em um curso de moda e contratou um profissional para cuidar da área de criação das coleções da marca. "Nós vendemos nossas peças para o País inteiro. Têm pessoas que vêm até Maringá para comprar. Agora estamos investindo no comércio online para facilitar o acesso para as empresas comprarem e com isso ampliar ainda mais o número de clientes", diz Cristiane Medeiros. A empresária ainda conta que para melhorar a gestão do pequeno negócio busca cursos no Sebrae/PR.

Há 12 anos, a empresária Ana Maria Pires Richini está à frente da gestão da Richini, empresa com sede em Cianorte, região noroeste do Paraná, produzindo moda feminina. Com representantes comerciais, as roupas com a marca da empresa chegam a cidades do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás e, também, ao Distrito Federal.

"Vamos participar do Rio-à-Porter com foco em marketing para divulgar nossa marca. Nossa expectativa nem é tanto vender e sim aumentar nossa rede de contatos", explica Ana Maria Pires Richini. A empresária conta também que buscou formação na área. "Eu sou formada em moda e tenho pós em marketing de moda. Minha filha, que trabalha comigo, também é formada em moda. É preciso profissionalizar a empresa", avalia. Hoje, a Richini emprega 32 funcionários diretos.

O caminho percorrido pela empresária Bel Raad é diferente da maioria das pequenas confecções. Convidada para um desfile em 2005, Bel criou uma coleção com 12 peças de roupas, antes de ter a sua própria confecção. "Sempre gostei de moda, mas me formei em Administração. Depois fui fazer um curso técnico de moda na França. Quando voltei, eu bati em várias portas de empresas até que decidi abrir meu próprio negócio", conta a empresária, sócia-proprietária da Beluska, empresa com sede em Curitiba e que, além da capital, tem lojas em Campo Largo e Ponta Grossa, no Paraná.

Na empresa, uma profissional, modelista, é responsável pela criação das peças, que são comercializadas na loja da empresa. "Ainda criamos o conceito de sacoleiras de luxo, vendedoras que vão até a casa das nossas clientes, um público A, e levam as roupas da empresa", explica Bel Raad. A Beluska participa do Rio-à-Porter com a expectativa de aumentar o número de clientes e tornar a marca da empresa mais conhecida.

A Lafort, empresa sediada em Curitiba, começou como uma malharia retilínea com o pai da empresária Irit Czerny, em 1964. O negócio ampliou a sua atuação e há 15 anos e Irit é uma das gestoras da empresa, que confecciona moda feminina para mulheres modernas e bem informadas, como define a empresária. Uma estilista é a responsável pelas coleções da empresa, que chegam a São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e, também, em Brasília.

"Trabalhamos também na modalidade private label, confeccionando peças para marcas do País inteiro. Já trabalhamos no mercado do Rio de Janeiro e nossa expectativa é aumentar nossos contatos também em outros estados, nos quais não temos representantes", diz I rit Czerny sobre a participação no Rio-à-Porter. Hoje, a Lafort emprega cerca de 200 funcionários na fábrica e nas duas lojas da empresa.

As peças com a marca Chita Brasil chegam a cerca de 300 lojas, que vendem multimarcas, instaladas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País. Um salto de crescimento para a pequena confecção, com sede em Mangaduari, região noroeste do Paraná, que está há 15 anos no mercado, mas apenas há dois trabalha com marca própria. O diretor de Mercado e Estilo da Chita Brasil, Marcelo Tadeu, explica que no segundo semestre de 2010, a empresa vai prospectar clientes também no mercado do Nordeste.

"Temos uma equipe de representantes exclusivos da empresa. Você constrói uma marca forte sob o tripé da identidade de produto, seletividade e homogeneidade de distribuição", avalia Marcelo Tadeu, profissional convidado pela empresária Lucia de Canini para desenvolver o conceito da marca, o estilo do produto e a área mercadológica da empresa. "Nossa expectativa no Rio-à-Porter é apresentar o projeto e o conceito da marca para os grandes veículos comunicação de moda", diz Marcelo Tadeu. Hoje, a empresa Chita Brasil emprega 70 funcionários.

Resultados

Para o superintendente do Sebrae/PR, Allan Marcelo de Campos Costa, as cinco grifes que representarão o Paraná no Rio-à-Porter são estruturadas, gerenciam a marca e têm diferenciais fundamentais para um mercado cada vez mais competitivo. "São empresas que investem na pesquisa, análise de mercado e design, por exemplo." Segundo ele, a participação do Paraná no evento é motivo de comemoração.

"O Sebrae/PR, que trabalha a cadeia produtiva do vestuário como um dos setores estratégicos da entidade, por haver uma alta concentração de micro e pequenas empresas, espera que o Espaço Moda Paraná mostre o alto padrão da moda e do vestuário produzidos no Estado". Allan Marcelo de Campos Costa diz que o formato oferecido pelo Rio-à-Porter é o ideal para prospectar e tornar conhecidas ainda mais as marcas paranaenses, já que estarão presentes estilistas e compradores internacionais. "Mais que uma participação institucional, o Sebrae/PR estará no Rio-à-Porter representado por marcas que mostram a evolução da moda e dos negócios do setor do vestuário."

"O setor do vestuário registrou em 2009 uma evolução importante, que foi a construção de um conceito do Paraná como produtor de moda e não apenas como produtor de peças, facção para outros estados. Na década de 1990, houve no Estado um grande reforço no parque fabril paranaense. Porém, o Sebrae e diversas entidades como sindicatos, prefeituras, Senai, Federação das Indústrias detectaram que isso não era suficiente. Razão pela qual, passou a investir no desenvolvimento das coleções, em design. Hoje, por exemplo, as regiões de Maringá e Cianorte, no noroeste do Paraná, são referências na produção de jeans’, diz o diretor-superintendente do Sebrae/PR.

De acordo com ele, hoje há uma integração maior no Estado entre as universidades e as empresas. Para Allan Marcelo de Campos Costa, os projetos estão cada vez mais densos, quando o assunto é moda e vestuário. "Recentemente, o Estado sediou o I Encontro Paranaense de Moda, Design e Negócios. Cerca de 400 estudantes, professores, profissionais e empresários da moda participaram do evento, cujo objetivo foi promover o intercâmbio de experiências e debates técnico-científicos, entre docentes, pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação, atores de governanças locais e empresários. O evento funcionou como um forum para discussões das questões relacionadas à competitividade, desempenho econômico, social e ambiental do setor de moda".

O superintendente lembra ainda que em 2010 será realizada a quarta edição do Paraná Business Collection, de 22 a 26 de fevereiro, em Curitiba. "É um evento que já se consolidou no calendário da moda brasileira. Uma oportunidade para visitantes e estilistas de todo o País conhecerem um pouco mais do que é produzido no Estado. E também para os empresários fecharem negócios", assinala.

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